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Aldeia da Nave - Nave Sabugal

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Aldeia da Nave

Aldeia
ALGUNS DADOS E INFORMACOES DA ALDEIA

Nave : Pequena Aldeia  de 130 habitantes ( 2010 ), com 19,7 km² de area. Tem como anexa Aldeia da Dona. Orago : Santo Cristo. Código postal : 6320-212. Presidente da Junta da Freguesia : Filipe Alexandre Arana Picanço. Faz parte do concelho do Sabugal, distrito da Guarda, da Beira Alta ( sul ) e também da zona da fronteira de Vilar Formoso dita " a raia ". Distante do Soito : 6 km ; do Sabugal : 12,5 km ; de Vilar Formoso : 35 km ; da Guarda 45 km.  A Nave está cercada pela Vila do Soito e pelas seguintes freguesias : Alfaiates, Vila Boa, Aldeia da Dona, Ruvina, Rebolosa, Ruivós. Do seu património cultural e edificado destaca-se a Igreja Matriz de invocação a Nossa Senhora da Conceição, as Capelas de Santo António, do  e a Via Sacra. Sabe-se que a aldeia da Nave foi totalmente incendiada no século XVII, numa razia castelhana. 

DESCRICÃO EM IMAGENS
FOTOS DA ALDEIA
Pequena visita da aldeia
HISTORIA DA NAVE

A Nave é uma das freguesias deste vasto território raiano onde, até hoje, subsistem inúmeras tradições populares. Nave: "Fica esta povoação na margem esquerda duma ribeira, que banha o Soito, Nave, Aldeia da Dona e passa perto de Badamalos indo, depois, juntar-se ao rio Côa. Está a 12 quilómetros a Nordeste do Sabugal. É muito abundante em águas, havendo por isso, sobretudo nas margens da ribeira, belas veigas e lameiros. Apesar do clima ser mau, havia ali muitas vinhas antes do aparecimento da filoxera, havendo agora boas plantações de vide americana, sendo dignas de menção as pertencentes ao distinto oficial de artilharia, José Maria Marques, de Aldeia da Ponte, sobrinho do falecido Reitor. Colhe centeio, trigo, batatas, feijão, milho, grão de bico e muita castanha. Os soutos de castanheiros da Nave são notáveis, não só por serem em grande número como pelos belos e seculares castanheiros que ali existem, alguns de proporções gigantescas. Foram plantados em tempos imemoriais em terrenos públicos, de quem mais tarde foram tomado posse outros indivíduos tendo o proprietário do terreno respeito pelo dos castanheiros. A Nave é povoação muito antiga, dizendo-se que era já habitada no tempo dos romanos. Efectivamente no seu limite apareceram sepulturas atribuídas à época em que eles dominaram na península, assim como algumas vasilhas de barro. Em 1477 existia ali um convento de freiras, instalado, segundo se diz, no local onde tem a sua residência o Sr. Augusto Jerónimo Metelo de Nápoles e Lemos, opulento proprietário da Nave. Acabou por causa das guerras com Castela, indo as freiras para Almeida, onde fundaram outro mosteiro. Diz-se que a capela de Santo Cristo que existe na povoação da Nave pertencia ao extinto convento. Esta povoação foi incendiada em 1642 pelos castelhanos. Da Nave saiu em 29 de Agosto de 1643 o governador da Beira, D. Álvaro Abranches, para tomar Albergaria, que ficava no reino vizinho e tinha 300 vizinho, não conseguindo o intento. Foi na mesma ocasião destruída a igreja paroquial, que mais tarde foi restaurada. Mas nunca perdeu o nome de Igreja Matriz. Onde existe uma pedra tumular sobre a sepultura de D. Justina da Fonseca. Nessa vê-se uma inscrição, da qual consta Ter falecido em 18 de Agosto de 1888. Tem à direita e a poucos metros de distância uma elegante e elevada torre. Enquanto esta igreja, isto é, a Matriz, não foi reparada, servia de igreja paroquial a igreja de Santo António. Edificada no meio da povoação, em estilo moderno, mas solidamente construída, tem bom coro e púlpito regular e a capela-mor, esta muito bem ornamentada. O altar-mor é de boa talha dourada, nas paredes existem sete quadros regulares. Ao lado do altar existe uma inscrição onde se lê ainda uma data que parece de 1753. A inscrição esta relacionada com a lenda da fundação da capela. Vendo-se um indivíduo – D. Luiz de O. Tavares?- em eminente perigo no mar, fez um voto a Santo António, prometendo mandar erigir-lhe uma capela e um altar na terra onde os tivesse mais ordinários. Ficando salvo da tempestade, cumpriu o voto mandando edificar a igreja e o altar nesta povoação. Além deste altar existem dois laterais, os do Espírito Santo da Senhora do Rosário. Serviu, como dissemos, de igreja paroquial durante muitos anos, mas, como era muito pequena para a população, a necessidade obrigou os vizinhos a restaurar a Matriz, que é vasta, e que foi naturalmente construída nos tempos em que a Nave era sede de uma grande freguesia, a que pertenciam as povoações da Lageosa, Foios, Vale de Espinho, Vale das Éguas, Ruivos e Ruvina. Vinham muitas vezes assistir à missa dessas povoações, tão distantes, especialmente as três primeiras.Nesses tempos existiam na Nave muitos padeiros de centeio e trigo, sobretudo a moda espanhola, para o que tinham máquinas próprias. Iam vender o pão ao Sabugal, Covilhã, Guarda e muitas povoações do conselho. Nessa mesma altura iam muitos indivíduos da Nave para Espanha indo ate as proximidades de Salamanca, uns como gadanheiros, outros como tosquiadores do gado lanígero." (extracto de uma antiga descrição da freguesia da Nave no séc. XIX num texto policopiado recolhido). Hoje, apesar da distância desta descrição, as principais características da freguesia mantém-se. A Nave é uma localidade marcada pelo passar dos anos e onde se nota uma forte influência dos movimentos causados pela emigração. Subsiste o modo generoso com que as pessoas vivem arreigadas às fortes tradições de onde se destaca a Capeia.


O BRASÃO

Publicada no Diário da República, III Série de 25/09/1998


Armas - Escudo de verde, pá de padeiro de prata, alçada em pala, entre um molho de três espigas de trigo de ouro e cacho de uvas de púrpura, folhados de ouro; em chefe, chamas de fogo de ouro, avivadas de vermelho. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco com a legenda em maiúsculas de negro : “ NAVE - SABUGAL “.

Símbologia


A pá de padeiro - Em memória dos inúmeros fornos de pão da vila da Nave.
As espigas de trigo -
Símbolo da riqueza e tradição cerealífera local.
O cacho de uvas -
Relevando também a abundância de vinhas nestas terras.
As chamas de fogo -
Em memória do incêndio provocado pelos Castelhanos, no século XVII, que arrasou grande parte da povoação.
Escudo de verde -
Em representação da fertilidade dos campos da Nave.

 
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